É mais uma daquelas doenças da modernidade e essa não é tão difícil de tratar.
Quando Alfredo precisa levantar antes das 11h, "Eu acordo meio cansado, com aquele complexo da pessoa que está com sono mesmo, com ressaca”, comenta Alfredo Granemann, de 11anos.
Em uma consulta com um especialista ele descobriu que sofre da síndrome da fase atrasada do sono: “Na verdade é um problema no relógio biológico. O relógio biológico está programado para ter sono tarde e acordar muito tarde e isso atrapalha a vida dele".
Para resolver este descompasso, seu filho precisa aprender a acordar mais cedo. É a luz do dia que regula o relógio biológico, por isso abra a janela de manhã e deixe a luminosidade entrar, não dê ouvidos para reclamações. Se ele virar para o lado e dormir de novo, seja firme, insista, o melhor mesmo, o ideal, é ir para a rua porque lá fora a luminosidade é maior.
A síndrome da fase atrasada do sono atinge 7% dos adolescentes, a maioria meninos. Ela provoca sonolência durante o dia, irritabilidade, prejudica o crescimento, pode causar obesidade e até promover alterações no cérebro.
“Pode causar consequências às vezes irreversíveis na vida adulta, como défict cognitivo, déficit de atenção e de memória”, diz o pneumologista Pablo Moritz.
A boa notícia é que o tratamento é simples. São raros os casos que exigem medicação, a maioria só precisa de disciplina.
São necessários de dois a três meses. A mudança de hábitos é fundamental: evite alimentos e bebidas a base de cafeína como achocolatados e café depois das 16h ou 17h. Para um sono saudável não tem jeito: “estabelecer um horário para acordar que seja sempre o mesmo, inclusiva no fim de semana”, receita o médico.